sábado, 24 de dezembro de 2011

naquela sala. naquele espaço.
não me importava mais nada.
não importava o mundo.
só você.
quando teus lábios tocaram os meus esqueci de problemas, pessoas, desilusões.
esqueci de todo tempo perdido.
naquele momento o tempo parou.
fomos muito e não fomos nem metade do que podemos ser.
teus beijos me mostravam o caminho.
teus beijos.
teus beijos são doces.
tuas mãos me sentindo, me apertando, me fazendo estremecer.
o arrepio na pele... ótima sensação.
teu corpo, meu espaço.
caminho que quero percorrer cada vez mais.
sem medo. sem receio.
apenas prazer.
quero sentir prazer com você.
quero fazer você sentir prazer.
tua voz... tão serena.
você tão calmo, como eu sempre quis ter.

Não quero te perder nem um só minuto.
Meu amor,
você faz meu corpo aquecer.
Meu coração ganha ritmo.
Minha alma se torna verso.
Em tua boca,
quero afogar-me.
Me perder em teu corpo.
Te sentir sempre.

Qual mudança o destino reserva para nós?
Para mim?
Para mim, apenas você.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

com carinho

Pude abrir os olhos essa manhã sem o peso do tempo.
.
.
sorrindo, comecei meu dia.
Bom dia vida!

domingo, 24 de julho de 2011

melancolia


Estou sentada em minha mala, que teima em não fechar.
Quardei meus sonhos, desejos, frustações, ilusões, desilusões, pensamentos, sofrimentos e meu amor.
Estou de partida desse quarto para a vida.
Deixo tudo que julgo não ser necessário.

Durante muito tempo dividi meu espaço com todas as imagens de tudo que eu quis viver. Nesse quarto minha vida foi passando devagar.
O estado que me encontrava não me deixava reagir ao negativismo imposto pelas fases de dor que minha alma passou, e ainda, passa.

Nesse quarto, olhava as coisas ao meu redor e não percebia suas cores. Era tudo cinza, tudo triste. Utilizei minhas lágrimas, para regar minhas flores, que hoje, morreram com o veneno da tristeza das gotas negras que saíam de meus olhos.

Chorei e choro a dor que mora em meu peito e me rasga a alma. Sofro pelo momento tão desejado, e não alcançado.
Dor e Sofrimento. Minha vida, em tom de cinza, tem assim passado.

Melancolia.
A ausência que dói.
O sofrimento de existir no vazio.
Estado em que a alma senti-se presa ao mundo, onde não devia estar.

Nesse quarto, minha melancolia foi amiga e inimiga. Me fez companhia nas noites em que ninguém me escutava. E me disse algumas verdades incomodas, que só amigas de verdade são capazes de dizer. Me mostrou caminhos que nunca ousei percorrer.
Agora, deixo minha melancolia-amiga, e tenho que ir embora. Para nosso bem, tenho que deixa-la partir e ela deve fazer o mesmo por mim.

Com minha mala, que agora está bem fechada, vou embora.
Não antes de dar uma última olhada no espaço vazio e em tom de cinza.
Não antes de passar a vista na janela.
Não antes de derramar minhas lágrimas negras no chão.

Saio do quarto. Fecho a porta. E jogo as chaves fora.
Para nunca mais voltar para a melancolia.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

resgate

Eu tava perdida, e você, meio que derrepente, apareceu e me salvou.
Me salvou de um dia vazio, sem cores e esperança.

Me trouxe boas palavras, boas notícias e varios sorrisos.
Me trouxe alegria e um "boa noite", que a tanto tempo eu esperava.

Eu tava caíndo em um poço de tristeza, e você segurou minha mão. Me puxou para a verdade da vida, mesmo que na maioria das vezes, a vida me faça acreditar em mentiras.

Você, com sua simplicidade em forma de palavras, me mostrou que a noite seria mais que lágrimas. E eu já estava preparada para elas. Mas com o teu socorro, elas não vieram.

Com o teu jeito de encantar, percebi que a noite me dará forças para esperar o dia chegar. E que esse dia me dará alegrias que não posso nem imaginar.

Sei que as cores da vida me esperam no amanhã, sei que a esperança não está nos outros, e sim dentro de mim. Você me salvou, pois me mostrou que não devo esperar pelo mundo, devo agir para que o mundo escute o que falo. As verdades da vida são as atitudes que tomamos, e se eu me encontrava perdida, foi porque me coloquei nessa situação.
Agora sei como enfrentar a noite e a vida.
Nessa noite, que me salvaste da tristeza, percebo o quanto você é importante para mim.
Mais do que posso imaginar.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sem tempo.



Encontro-me assim.
Perdida no tempo.
Enlouquecidamente, perdida de saudade.
E nem sei mais em que dia estou,
E nem onde devo procurar o tempo perdido.

ATENÇÃO!

Bem... aqui estamos.

Esse blog foi criado inicialmente para que todos os colaboradores divulgassem suas ideias e interesses em torno da sociedade.
Eu escrevo sobre a emoção que me toma no momento, não é dificil saber o que tem me inspirado nesses dias, meses.

Como os outros colaboradores nunca mais escreveram, tomei esse espaço como meu, unicamente. Mas, é claro, que o blog continua sendo nosso.
Espero que meus desabafos não tenham feito o blog como exclusivo, como eu disse, escrevo pela emoção do momento, e só.

E outra coisa: não sei se muitas pessoas leem os textos, mas é muito importante para o funcionamento do blog que quem leu, comente e divulgue.
Assim posso, e podemos, criar um bom diálogo, que infelizmente, não existe.
As vezes, me sinto escrevendo uma carta para ninguém.

ENTÃO, COMENTEM E, SE ACHAREM LEGAL, DIVULGUEM.

É de extrema importância.

E para não perder o hábito, deixo minha mensagem.


Altar Particular. Maria Gadú

Meu bem, que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
Do teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje, sinto que
o tempo da cura tornou a tristeza normal
Então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós
Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós

Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver como se deve ser
Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo, faço melhor do que lhe parecer
Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor
Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta


http://www.vagalume.com.br/maria-gadu/altar-particular.html#ixzz1Sc7MbqOD

terça-feira, 19 de julho de 2011

faz tempo,

E sumimos um do outro, e deixamos para trás o que ainda não passou.
Tenho medo de que nossas palavras tenham sido apenas palavras esquecidas no tempo.
Faz tempo que não te vejo, e esse tempo é de tamanha importância para nossa futura história ( ou não).

E no silêncio de cada hora, me pego lembrando teu rosto, teus afetos para comigo e tenho medo que isso seja apenas o passado.
Onde nos encontramos nesse paralelo de sentimentos?
O que existe no paralelo de nós dois?
Nessa caminhada, onde nos encontramos realmente?

Tento buscar inspiração em minhas lembranças, em pensamentos alheios, em frases que de alguma forma me conectam à você.

E a saudade já não me pertuba mais, se tornou antes de tudo, minha amiga diante da solidão. A saudade se tornou minha conselheira mais fiel. Ela nunca me abandona.

Mas, e você?
Como será que tem passado esses dias?
Será que lembra de mim, ou me tornei a lembrança querida?
Ou pior, um erro na sua biografia ainda incompleta?

Será que um dia vamos entender isso que acontece, ou simplesmente iremos esquecer?

Esse tempo em que demos um tempo de nós dois, vivo com minhas lembranças dos sublimes momentos que tivemos. Aí lembro que faz tempo que minhas lágrimas não escorrem em meu rosto, que por muito tempo viveu triste, chorando a tua ausência, apesar de estares tão perto. Agora que não sei onde estas, não choro mais. Antes a saudade me machucava arrebatadoramente, e hoje, apesar de tudo, ela me causa um certo conforto, pois sei que dentro de mim você não foi apenas um tempo que passou. Você é, nessas noites frias, quem me aquece a alma.

Sinto saudade.
Faz tempo que deixei meu coração contigo, não precisa devolvê-lo. Vem apenas me contar quanto ele tem batido.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Breve devaneio

Faz-me rir.
Com teu jeito extraordinário de ser o que é.

Simplesmente rir das mazelas da vida, sem nenhuma pretensão de chegar ao amanhã.
Em viver o momento exato do otimismo, posto que o amanhã, torna-se uma bela consequência do hoje.

Com carinho, deixo-me levar por tuas histórias mal vividas, mal contadas, mal dormidas, mas muito bem expressivas na essência do teu ser.
Presto atenção em cada detalhe, não quero perder nenhum momento do teu sonho de se tornar real. Se tornar pessoa de verdade, pois senti-se como marionete no meio do mundo, e está cansado disso.
Quer ter voz, ter força. Juro, farei de tudo para te ajudar.

Com tua furia, às avessas, escrevo minhas páginas de auto-biografia.
Começo a escrever minha própria vida, nos detalhes da tua.
Apenas te peço: não se perca no caminho.
Pois de tua nova estrada faço meu roteiro de viagem.
Vejo na paisagem flores e um lindo amanhecer. As vezes vejo nuvens pesadas, anuciando uma tempesdade, vejo um lindo arco-íris e as vezes um furacão. Vejo um rio de água cristalina e as vezes uma cachoeira sem fim.
Não importa.
Se teus pés me guiam, sei que chegarei no lugar certo.

Na minha história crio contos e crônicas, invento verdades, faço mentiras. Declamo poesias. E quando não tenho mais nada a dizer, finalizo com um breve até logo.
E agora me diz: como saber o que é verdade?
A verdade está nas palavras, nos gestos ou nos olhares?
Nas mãos dadas ou dedos entrelaçados?
No carinho sem hora marcada ou no sorriso bobo sem motivo?
Como saber qual verdade você quer me contar?

Tô confusa.
E no meio de tanta confusão, ainda acho tempo pra ser feliz.

Ai, ai... tá bom.
Tô viajando muito. Nem sei se deu pra entender o que eu quis dizer. Nem sei se o verdadeiro dono do meu desabafo vai ler o que escrevi.
Enfim, a quem lê-lo, até logo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

triste amor...

E o que faço com minha solidão?
E o que faço com a tristeza que me corta o peito, a saudade que não tem fim?

Se as lágrimas escorrem pelo meu rosto perdidas por não terem destino, o que faço com o meu coração?
Um coração que cansou de bater por nada, e agora que tem motivo para viver, morre aos poucos no silêncio de cada dia.

Morre sim, por sentir que o ser amado não o tem amor.
Mas meu coração é forte, tem esperança, e o desejo não o deixa fracassar!
A solidão faz parte de minha vida e o tempo tornou a tristeza normal.
Uma hora, as lágimas secam e olhos enxergam com mais nitidez.

Me recuso a sonhar, posto que prefiro a verdade dos fatos.
Se tu não me tens amor, saiba que amo-te por nós dois.
Mais uma vez digo, sou forte. Mantenho a cabeça firme e um belo sorriso nos lábios.

Minha tristeza faz parte de mim, e nesse momento sinto que é ela que me deixa mais apaixonada.

Talvez você nunca saiba, como talvez essas palavras nunca sejam lidas...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

perdoa...

Só quero que a noite passe rápida.
Que leve com ela a saudade e o arrependimento.
Perdão pela atitude impessada.
Não faço mais.
Vou manter meus pés no chão.


PERDÃO.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pensando

Estava no carro voltando, tranquilamente, para casa, escutando uma boa música tocada no rádio.
Quando derrepente... a música some!
O som da televisão( DO CELULAR!),toma conta do ambiente.
Então olho pela janela, para ver a vida passar.

Ouso uma pergunta: "em quê esta pensando?"
Em quê estou pensando?
Lá vai:
Estou pensando no quando odeio tv.
Nas músicas que gosto.
Que eu gostaria de ter tempo para andar na praia.
Em comprar uma bicicleta.
Nas viagens, que um dia, farei.
Em como deve ser bom andar de mãos dadas.
Em ver a lua, e depois o nascer do sol.
Em como é lindo o céu a noite, em um lugar, sem luzes artificiais.
Nos beijos de amor que quero dar.
Em como é bom uma gargalhada espontânea.
Nas palavras que não devem ser ditas, mas saem de nossas bocas sem querer.
Em conversas interessantes ocorridas em lugares incomuns.
Nas minhas brincadeiras de criança.
Em como a vida passa rápida.
Naquele bolo, gostoso, que minha vó faz.
Em como é chato não ter nada para fazer no domingo.
No texto que quero excluir, e no que quero construir.
Em como colocar mais sentido nas palavras que falo.
No trabalho que tenho que fazer.
Em um amor sincero.
Em verdades ocultas.
No brilho doce de um olhar.
Nas palavras contidas em um sorriso.
No perfume da noite.
Nas horas perdidas em viagens de ônibus.
Nos momentos ganhos em viagens de ônibus.
Na saudade.
No "eu te amo" não dito.
Em textos de amor.

Enfim... na história que quero escrever.

Agora, desliga essa porcaria de tv e liga o rádio.

sábado, 4 de junho de 2011



Se você não pode me dar a companhia desejada,


não me roube a solidão necessária.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

depois fumaça...

Se o ser é iluminado, como não ver sua luz?
Como não ver teu brilho?
Li um vez, não sei onde, que nenhum ser humano consegue ficar diante do fogo sem ser atraído para ele.

Então, como resistir?

Se o seu brilho, mesmo dentro da fumaça, é tão intesso que me atormenta a vista.

Permita-me, ao menos, olhá-lo, discretamente, em uma zona segura para que a tentação não me faça cair diante de ti.
Como resistir aos gestos e palavras doces que saem de tuas brasas?

Se ficar perto de ti é perigoso, pior é estar longe.
Pior é ficar sem te ver arder em preocupações, pensamentos, amores...
Mostre-me o teu brilho.
Não me deixe esquecer, que as vezes, é importante simplesmente queimar.
Tenho diante de mim uma fogueira que me aquece e me causa dor, reciprocamente.
E o que fazer?
Apenas observar e deixar tudo virar cinzas ou aquecer-me o máximo que posso?

Nem as lágrimas de mil anos podem apagá-lo.

Queria, apenas, me queimar aos poucos, sentindo cada ardor, cada queimadura em minha pele... mas não posso. Não devo!



Mostre, então, teu brilho. Teu caminho de luz.
Não me deixe esquecer...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Nada a declarar II

Hoje, realmente, não tenho nada a declarar.

Apenas isso:

"não se afobe, não
que nada é pra já.
amores serão sempre amáveis.
futuros amantes, quiçá
se amarão sem saber,
com o amor que um dia deixei pra você."

Boa noite.

terça-feira, 31 de maio de 2011

le charme de demain..

Ai, ai...

Mas um dia passa e a noite chega, trazendo a alegria de um possível amanhã.
Um amanhã, que espero eu na minha humilde imaginação, ira ser encantado.
Encanto.
Essa é a sensação que mais tem me definido esses dias.

Sabe... gestos que acontecem sem mais nem porque são simplesmente encantadores.
Esses gestos inesperados que despertam nossa imaginação, fazem a gente perder o eixo seguro da vida pensando o que pode ser.

Você nunca sentiu isso? Nem uma sensação parecida?

o que é isso mon amour?

Vamos... olhe ao seu redor.
Procure os fios da vida onde nossos dedos se enrroscam e os desfiam, sem querer.
Eles existem, basta saber olhar.

Na verdade, no amanhã estão as melhores surpresas.
As vezes elas aparecem na espontaneidade, mas encaremos os fatos, nesses dias tão corridos, como nos preocuparmos em manter uma visão detalhada para com a vida?

É dificil, eu sei. Por algum tempo manti meus olhos fechados, mas agora sei que vale a pena tentar.

Tente, mon amour.

No fim, você verá que vale a pena.

Amanhã... me conte o resultado!

sábado, 28 de maio de 2011

Leve poesia de realidade.

Antes da noite acabar, minhas emoções estavam todas jogadas no chão.
Estava me sentindo completamente perdida. Totalmente confusa.
Ainda me doí um pouco pensar sobre o assunto.
Parecia que não importava para onde eu caminhava, todos os caminhos estavam fechados.
Uma amiga me perguntou:"será que não é você que está indo para as estradas sem saída?"

(Um bom motivo para reflexição,né?)

Então mais uma vez precisei fugir da realidade, como se tentasse deixar o problema de lado pra ele se resolver sozinho. (Como se fosse possível!)

Dessa vez não fugi com Chico(Buarque), foi meu melhor feito.
Parti parcialmente para o mundo das ideias, deixei meus pés mergulhados na realidade.
E com um puxão a realidade me mostrou a verdadeira beleza da noite.
A beleza existente em cada gesto simples.
O leve sufocar pela poesia da vida.
Perfeito.


Então esta decidido: é na realidade que quero ficar!

A transformação de uma escuridão total de pensamentos em bons e breves momentos de felicidade.


Dai-me fôlego para tanta aventura!

Enfim, bem-vinda felicidade. Bem-vinda.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nada a declarar

Pronto.
Deixemos um pouco a revolta da vida de lado e nos deixemos viajar em uma aspera corrente de sonhos.
Refletir sobre o que é realmente sonhar.
Quinta-feira passada, eu estava angustiada(para variar, ironicamente falando), queria simplesmente fugir do mundo. E o fiz.
Subi no coletivo com o intuito de curtir a viagem.
Só que as vezes esses momentos de liberdade em vez de aliviar o peso da vida, nos coloca mais caraminholas na cabeça.
Refleti, questionei, indaquei e não resolvi o meu problema.
Decidi voltar para casa, já que minha noite não fôra produtiva como eu planajará.
Coloquei meus fones de ouvido(aliás, a campanha em vigor nos coletivos é de suprema importância. usemos fones de ouvido, nem todos querem escutar nossas músicas!), escutei Chico Buarque, para tentar encerrar minha noite de uma maneira mais suave e significativa.
Então passando pelo bairro da Encruzilhada, voltando para Olinda, me perguntei se isso tudo na vida vale a pena. Se um dia serei feliz como planejo.
E nesse momento nem Chico me deu resposta.
Foi quando olhei para o mundo ao meu redor e decidi,por um instante,apreciar a noite de verdade.
Sentir seu clima frio, observar a chuva tímida que insistia em cair.
E vi do outro lado da rua,um ônibus que trazia em suas letras luminosas a denominação de Chão de Estrelas, dentro dele, além do cobrador e motorista, um casal no último banco, abraçados!
Nesse momento vi uma poesia que só Chico, talvez, veria.
Tipo: um casal se amando num chão de estrelas.
Percebi que sim, a vida vale a pena.
Depende apenas de que ângulo decidimos olhar.
E o resto?
Do resto, nada a declarar.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Você sabe!!!

Vim aqui para tentar colocar para fora minha inquietação profunda sobre esse sistema que divide as pessoas em dominantes e dominados.
A vida não é fácil.
Em 2009 quando falei a um professor de sociologia sobre o curso que eu iria fazer(no caso, faço!), licenciatura em ciências sociais, ele respondeu simplesmente: NÃO FAÇA.
Eu fiquei tipo assim... "hã? você é louco? como você pode dizer algo assim? o vestibular tá tão perto!!!"
Bem... passado a revolta e o desespero fui, fiz e vence.
Curso o tal curso proibido.
Pois bem... esse mesmo professor perguntou uma vez a turma, se preferíamos viver a mentira da vida perfeita ou gostaríamos de saber a verdade. Eu respondi que preferia a verdade, diferente da maioria da turma. Não entende como as pessoas preferiam a mentira.
Hoje eu vejo que a mentira é mais fácil de aceitar. Ao abrir os olhos, e realmente ver como a sociedade é marcada por etiquetas que segregão o indivíduo, e de acordo com a marca que ele recebe o seu lugar na vida social já tá guardado, sem direito de escolha...como é díficil acordar sem achar a vida um tédio.

É SABER QUE VOCÊ FAZ TUDO IGUAL, TODO DIA!

E saber que eu e você estamos nesse organismo, vendo tudo claro como um cristal, e não tem o que se possa fazer para sair dessa jaula sem grades.

Somos meros parafusos e porcas que fazem essa máquina se mover.

Um trabalhador que tem a noção de sua prisão não se torna livre, se torna um alienado consciente. E é mas díficil viver assim, não é?
Um trabalhador que sabe a produção realizada pela força do seu trabalho, e sabe que não recebe o equivalente por ela empregada( a força de trabalho), não vive melhor por está na verdade, se torna um frustrado, um impotente diante da própria condição de vida.
E o que fazer?
Não estou dizendo que isso seja uma regra. Mas não é um fato tão incomum. Antes fosse.

E o que dizer do meio de dominação em massa?
Que nos enfia na cabeça que tudo é perfeito por estar no seu devido lugar.Mas esse lugar em que me encontro e você também, foram eles, os donos do meio de produção( o dinheiro, o capital) que escolheram para nós.

E ONDE ISSO É JUSTO, CARA PÁLIDA?

E quem quer saber de justiça dentro da vida perfeita?
Muitos dizem " eu tenho meu trabalho, pago minhas contas, sustento minha família... onde tem injustiça aí? O mundo que se dane!"

E o mundo sofre.

É... quando o meu antigo professor falou pra mim "NÃO FAÇA", nunca pensei que a verdade fosse tão díficil de engolir.
E para não me sentir esmagada pela vida imposta por esse meio invisível tão forte, vim aqui desabafar, tentar mostrar que a vida perfeita não é perfeita.
Mas abrir os olhos não é fácil. As vezes precisamos de "pão e circo", mas saber a verdade é fundamental. Buscar novas verdades... quem sabe, cara pálida?


QUEM SABE?