Pronto.
Deixemos um pouco a revolta da vida de lado e nos deixemos viajar em uma aspera corrente de sonhos.
Refletir sobre o que é realmente sonhar.
Quinta-feira passada, eu estava angustiada(para variar, ironicamente falando), queria simplesmente fugir do mundo. E o fiz.
Subi no coletivo com o intuito de curtir a viagem.
Só que as vezes esses momentos de liberdade em vez de aliviar o peso da vida, nos coloca mais caraminholas na cabeça.
Refleti, questionei, indaquei e não resolvi o meu problema.
Decidi voltar para casa, já que minha noite não fôra produtiva como eu planajará.
Coloquei meus fones de ouvido(aliás, a campanha em vigor nos coletivos é de suprema importância. usemos fones de ouvido, nem todos querem escutar nossas músicas!), escutei Chico Buarque, para tentar encerrar minha noite de uma maneira mais suave e significativa.
Então passando pelo bairro da Encruzilhada, voltando para Olinda, me perguntei se isso tudo na vida vale a pena. Se um dia serei feliz como planejo.
E nesse momento nem Chico me deu resposta.
Foi quando olhei para o mundo ao meu redor e decidi,por um instante,apreciar a noite de verdade.
Sentir seu clima frio, observar a chuva tímida que insistia em cair.
E vi do outro lado da rua,um ônibus que trazia em suas letras luminosas a denominação de Chão de Estrelas, dentro dele, além do cobrador e motorista, um casal no último banco, abraçados!
Nesse momento vi uma poesia que só Chico, talvez, veria.
Tipo: um casal se amando num chão de estrelas.
Percebi que sim, a vida vale a pena.
Depende apenas de que ângulo decidimos olhar.
E o resto?
Do resto, nada a declarar.
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