domingo, 24 de julho de 2011

melancolia


Estou sentada em minha mala, que teima em não fechar.
Quardei meus sonhos, desejos, frustações, ilusões, desilusões, pensamentos, sofrimentos e meu amor.
Estou de partida desse quarto para a vida.
Deixo tudo que julgo não ser necessário.

Durante muito tempo dividi meu espaço com todas as imagens de tudo que eu quis viver. Nesse quarto minha vida foi passando devagar.
O estado que me encontrava não me deixava reagir ao negativismo imposto pelas fases de dor que minha alma passou, e ainda, passa.

Nesse quarto, olhava as coisas ao meu redor e não percebia suas cores. Era tudo cinza, tudo triste. Utilizei minhas lágrimas, para regar minhas flores, que hoje, morreram com o veneno da tristeza das gotas negras que saíam de meus olhos.

Chorei e choro a dor que mora em meu peito e me rasga a alma. Sofro pelo momento tão desejado, e não alcançado.
Dor e Sofrimento. Minha vida, em tom de cinza, tem assim passado.

Melancolia.
A ausência que dói.
O sofrimento de existir no vazio.
Estado em que a alma senti-se presa ao mundo, onde não devia estar.

Nesse quarto, minha melancolia foi amiga e inimiga. Me fez companhia nas noites em que ninguém me escutava. E me disse algumas verdades incomodas, que só amigas de verdade são capazes de dizer. Me mostrou caminhos que nunca ousei percorrer.
Agora, deixo minha melancolia-amiga, e tenho que ir embora. Para nosso bem, tenho que deixa-la partir e ela deve fazer o mesmo por mim.

Com minha mala, que agora está bem fechada, vou embora.
Não antes de dar uma última olhada no espaço vazio e em tom de cinza.
Não antes de passar a vista na janela.
Não antes de derramar minhas lágrimas negras no chão.

Saio do quarto. Fecho a porta. E jogo as chaves fora.
Para nunca mais voltar para a melancolia.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

resgate

Eu tava perdida, e você, meio que derrepente, apareceu e me salvou.
Me salvou de um dia vazio, sem cores e esperança.

Me trouxe boas palavras, boas notícias e varios sorrisos.
Me trouxe alegria e um "boa noite", que a tanto tempo eu esperava.

Eu tava caíndo em um poço de tristeza, e você segurou minha mão. Me puxou para a verdade da vida, mesmo que na maioria das vezes, a vida me faça acreditar em mentiras.

Você, com sua simplicidade em forma de palavras, me mostrou que a noite seria mais que lágrimas. E eu já estava preparada para elas. Mas com o teu socorro, elas não vieram.

Com o teu jeito de encantar, percebi que a noite me dará forças para esperar o dia chegar. E que esse dia me dará alegrias que não posso nem imaginar.

Sei que as cores da vida me esperam no amanhã, sei que a esperança não está nos outros, e sim dentro de mim. Você me salvou, pois me mostrou que não devo esperar pelo mundo, devo agir para que o mundo escute o que falo. As verdades da vida são as atitudes que tomamos, e se eu me encontrava perdida, foi porque me coloquei nessa situação.
Agora sei como enfrentar a noite e a vida.
Nessa noite, que me salvaste da tristeza, percebo o quanto você é importante para mim.
Mais do que posso imaginar.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sem tempo.



Encontro-me assim.
Perdida no tempo.
Enlouquecidamente, perdida de saudade.
E nem sei mais em que dia estou,
E nem onde devo procurar o tempo perdido.

ATENÇÃO!

Bem... aqui estamos.

Esse blog foi criado inicialmente para que todos os colaboradores divulgassem suas ideias e interesses em torno da sociedade.
Eu escrevo sobre a emoção que me toma no momento, não é dificil saber o que tem me inspirado nesses dias, meses.

Como os outros colaboradores nunca mais escreveram, tomei esse espaço como meu, unicamente. Mas, é claro, que o blog continua sendo nosso.
Espero que meus desabafos não tenham feito o blog como exclusivo, como eu disse, escrevo pela emoção do momento, e só.

E outra coisa: não sei se muitas pessoas leem os textos, mas é muito importante para o funcionamento do blog que quem leu, comente e divulgue.
Assim posso, e podemos, criar um bom diálogo, que infelizmente, não existe.
As vezes, me sinto escrevendo uma carta para ninguém.

ENTÃO, COMENTEM E, SE ACHAREM LEGAL, DIVULGUEM.

É de extrema importância.

E para não perder o hábito, deixo minha mensagem.


Altar Particular. Maria Gadú

Meu bem, que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
Do teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje, sinto que
o tempo da cura tornou a tristeza normal
Então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós
Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós

Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver como se deve ser
Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo, faço melhor do que lhe parecer
Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor
Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta


http://www.vagalume.com.br/maria-gadu/altar-particular.html#ixzz1Sc7MbqOD

terça-feira, 19 de julho de 2011

faz tempo,

E sumimos um do outro, e deixamos para trás o que ainda não passou.
Tenho medo de que nossas palavras tenham sido apenas palavras esquecidas no tempo.
Faz tempo que não te vejo, e esse tempo é de tamanha importância para nossa futura história ( ou não).

E no silêncio de cada hora, me pego lembrando teu rosto, teus afetos para comigo e tenho medo que isso seja apenas o passado.
Onde nos encontramos nesse paralelo de sentimentos?
O que existe no paralelo de nós dois?
Nessa caminhada, onde nos encontramos realmente?

Tento buscar inspiração em minhas lembranças, em pensamentos alheios, em frases que de alguma forma me conectam à você.

E a saudade já não me pertuba mais, se tornou antes de tudo, minha amiga diante da solidão. A saudade se tornou minha conselheira mais fiel. Ela nunca me abandona.

Mas, e você?
Como será que tem passado esses dias?
Será que lembra de mim, ou me tornei a lembrança querida?
Ou pior, um erro na sua biografia ainda incompleta?

Será que um dia vamos entender isso que acontece, ou simplesmente iremos esquecer?

Esse tempo em que demos um tempo de nós dois, vivo com minhas lembranças dos sublimes momentos que tivemos. Aí lembro que faz tempo que minhas lágrimas não escorrem em meu rosto, que por muito tempo viveu triste, chorando a tua ausência, apesar de estares tão perto. Agora que não sei onde estas, não choro mais. Antes a saudade me machucava arrebatadoramente, e hoje, apesar de tudo, ela me causa um certo conforto, pois sei que dentro de mim você não foi apenas um tempo que passou. Você é, nessas noites frias, quem me aquece a alma.

Sinto saudade.
Faz tempo que deixei meu coração contigo, não precisa devolvê-lo. Vem apenas me contar quanto ele tem batido.